Em comemoração de seus dez anos de existência, o Internetlab lança edição inédita da Escola InternetLab. Em 2017, a primeira edição da escola aproximou jornalistas de diferentes países da América Latina e diferentes regiões do país para compartilharem ferramentas e pensar juntas(os) sobre como cobrir temas de políticas de internet. 

Em 2024, a Escola inaugura uma nova temática: faremos uma imersão sobre integridade e segurança na internet – com especial atenção para a proteção de direitos humanos na internet. Nesta edição, a Escola é realizada em parceria com a Alandar Consultoria em Políticas Públicas.

Com inscrições abertas até 5 de maio, a iniciativa abrangerá diversas atividades, incluindo um programa intensivo presencial para até 35 profissionais em São Paulo, de 23 a 29 de junho de 2024. Ela será gratuita e conta com um fundo de auxílio para oferecer bolsas para transporte e acomodação para garantir a participação de um conjunto diverso de pessoas.

Como parte da iniciativa mais ampla da Escola, também serão oferecidas atividades abertas ao público: (i) webinários de formação em moderação de conteúdo de forma remota durante maio e junho, e (ii) um seminário sobre integridade e segurança na internet no dia 28 de junho de 2024, em São Paulo, em formato híbrido, presencial e remoto. 

O que é a Escola InternetLab?

Destinada a profissionais do setor público, privado, academia e terceiro setor que lidam com políticas de internet, em especial com políticas de integridade e segurança (Trust & Safety), moderação de conteúdo e inteligência artificial, a escola é uma iniciativa que se direciona a quem tem interesse em aprofundar o conhecimento acerca dos sistemas, tecnologias e processos envolvidos nessas políticas. 

As atividades terão formatos variados (aulas, seminários, palestras, oficinas, workshops) e acontecerão em duas modalidades:

1. programa intensivo presencial (que selecionará candidaturas através desta chamada); e
2. atividades abertas ao público antes e depois do programa intensivo (que serão divulgadas e que não contarão com o mesmo limite de vagas).

Além de integrantes do InternetLab e da Alandar, convidados e convidadas de instituições diversas — empresas de tecnologia, academia e terceiro setor — de diferentes regiões do mundo compartilharão suas experiências e expertise. O objetivo é promover o diálogo entre integrantes da escola e experts visitantes, criando uma rede para compartilhar conhecimentos e oportunidades, além de destacar os trabalhos de participantes.

Sobre o que a Escola InternetLab vai falar? E sobre o que ela não vai falar?

A escola buscará capacitar profissionais a respeito de como funcionam mecanismos de garantia da segurança e integridade em plataformas de internet, com especial preocupação para a proteção de direitos humanos. Desse modo, a discussão vai se concentrar em entender, por exemplo, como operam os sistemas de moderação de conteúdos gerados por usuárias(os) e os mecanismos de detecção de abusos e violações de regras e direitos. Também abordará as funções entre as(os) agentes que fazem parte do ecossistema de integridade e segurança digital, passando desde a produção de políticas até a diferenciação entre a moderação de conteúdo automatizada e a realizada por moderadores humanos.

Mas o que é “integridade e segurança”? À medida que as tecnologias digitais passaram a mediar nossa vida cotidiana cada vez mais, a indústria responsável por esses produtos e serviços passou a determinar, também de maneira crescente, os tipos de conteúdo e comportamentos que são apropriados e aqueles que não são. 

A área funcional que lida com essa responsabilidade se chama “integridade e segurança”, “trust and safety” em inglês, sendo responsável por uma ampla gama de atividades, incluindo moderar conteúdo gerado por usuárias(os), proteger dados pessoais, detectar e remover malware e garantir a conformidade com regulamentações e padrões. A importância da área de integridade e segurança cresceu com a expansão da internet, tornando-se crítica para plataformas de mídia social, sites de e-commerce e provedores de serviços digitais, entre outros, para promover a saúde e a segurança da internet — e da sociedade como um todo.

A escola será focada em regulação de plataformas? Não. Por mais que os temas de integridade e segurança estejam cada vez mais presentes em debates regulatórios (e que o conteúdo da Escola poderá sim ser útil para quem quer fazer parte deles) esta não é uma iniciativa focada em quais as soluções legislativas mais adequadas. O tema central de aprendizado é como operam sistemas de garantia de integridade e segurança no meio digital na prática atualmente – inclusive em contextos regulatórios diferentes. Entendemos que capacitar sobre tais assuntos – como sobre como criar e aplicar regras a usuárias(os) que criam conteúdo, por exemplo – pode agregar ao debate legislativo, mas esta é apenas uma das aplicações deste conhecimento.

Quem deve participar?

Deve participar quem tem interesse em consolidar o conhecimento na área de integridade e segurança, de forma estruturada e didática, bem como de trocar experiências com participantes e especialistas visitantes.

Para profissionais engajadas(os) no setor privado, esta é a oportunidade de se conectar com uma área ainda em crescimento no país, e de ter contato com visões e perspectivas da sociedade civil, da academia e do setor público com capacidade de aprimorar e qualificar a sua atuação. Para aquelas e aqueles que vêm do setor público, a Escola InternetLab oferece o contato com um campo que está cada vez mais presente nas discussões de política pública e com o conhecimento ainda muito insulado no mundo corporativo. Para profissionais da sociedade civil, a Escola pode contribuir para preparar novas frentes de trabalho na defesa de causas e direitos que atravessem o ambiente digital. Ainda, pessoas engajadas no meio acadêmico terão oportunidade de intercambiar saberes e redes para fazer avançar suas pesquisas.

Como vai funcionar?

A participação na Escola InternetLab 2024 será gratuita. Além disso, o InternetLab poderá oferecer bolsas para cobrir despesas com outros custos relativos ao programa – como acomodação, alimentação e transporte – a partir da avaliação de requerimentos de auxílio e da disponibilidade de recursos para dar conta de tais pedidos.

Programação

Nossa programação está em construção! Fique de olho neste link que incluiremos novidades aqui.

Inscrições

A seleção será realizada pelo InternetLab a partir dos critérios e formulário abaixo:

Critérios de seleção para o programa intensivo (limitado a 35 vagas)

Obs: estes critérios não se aplicam às atividades abertas ao público

• Profissionais que lidam com políticas de internet no Brasil (setor público, privado, organizações da sociedade civil e academia): serão selecionadas até 35 pessoas.
• Interesse em políticas de integridade e segurança (trust & safety), especialmente em moderação de conteúdo e inteligência artificial.  
• Diversidade: Serão levados em conta critérios de diversidade [como gênero, raça, distribuição regional, entre outros], com reserva de vagas.
• Qualidade e engajamento: serão considerados os interesses gerais da(o) candidata(o), seu engajamento (atual ou futuro) nas pautas relacionadas a políticas de Internet e a capacidade

Como se inscrever?

A participação no processo seletivo se dará exclusivamente via preenchimento deste formulário. A partir dele as candidaturas serão enviadas com currículo, carta de motivação e requerimento do fundo de auxílio (assim como abrir a possibilidade do envio de carta de recomendação).

Apoios e parcerias

A Escola é um projeto do InternetLab que segue suas políticas de independência e autonomia em relação a financiadores. Desta maneira, o InternetLab possui a autonomia sobre o programa e os conteúdos. Para viabilizar o projeto, buscamos apoio e interlocução de parceiros que estejam comprometidos com o desenvolvimento da área de integridade e segurança no Brasil.

Apoiam a Escola InternetLab até o momento 

(apoios serão divulgados conforme confirmação)

Categoria parceiras: Google e Youtube

Categoria aliadas: Tiktok

Categoria apoiadoras: Meta