#OutrasVozes: gênero, raça e classe nas eleições municipais de 2016
Com o objetivo de contribuir com a construção de uma memória digital durante período eleitoral, o o projeto acompanhou perfis de ativistas de Direitos Humanos a fim de monitorar e registrar semanalmente discussões sobre gênero, raça, sexualidade, origem regional e classe social, e sua relação com política e Internet.
Em períodos eleitorais, o engajamento político nas redes sociais é intensificado – elas tornam-se palco de campanhas, debates entre cidadãos e entre eleitores e candidatos. Temos percebido já há alguns anos que, nesse contexto, temas relacionados a marcadores sociais da diferença vêm à tona com mais força; no entanto, quando tentamos retomar que debates e controvérsias aconteceram em cada um desses momentos, encontramos grandes dificuldades. Sem qualquer registro organizado, eles se perdem em feeds infinitos, no apagamento de páginas e perfis, ou na decisão por “fechar” sites e redes sociais.
Foi por essa razão que, entre os meses de agosto e setembro de 2016, período de campanha das eleições municipais no Brasil, a área Desigualdades e Identidades acompanhou perfis de ativistas de Direitos Humanos a fim de monitorar e registrar semanalmente discussões sobre gênero, raça, sexualidade, origem regional e classe social, e sua relação com política e Internet.
Para contribuir com a construção de uma memória digital desse período, publicamos o relatório #OutrasVozes: gênero, raça, classe e sexualidade nas eleições de 2016, sistematizando o que já vínhamos reportando nos Boletins Internet, Vozes e Votos.
O relatório foi lançado no evento “Qual lugar da Internet na política brasileira?” e discutido no painel Desafios de agir: ativismo e (in)visibilidade na Internet, com a participação de Natália Neris (Coordenadora da área), Tatiana Dias (Jornalista), Pablo Ortellado (EACH-USP) e Larissa Santiago (Blogueiras Negras). Confira aqui o vídeo com a discussão.