Violência política e discursos de ódio em aplicativos de mensageria
Em parceria com a Revista AzMina e a Universidade Federal da Bahia (UFBA), o InternetLab monitorou grupos de extrema direita durante a campanha eleitoral de 2022 para entender como usaram narrativas de gênero, raça, sexualidade e regionalismo. Investigamos conexões do discurso de ódio entre Telegram, Twitter, Facebook e Instagram, focando em candidaturas femininas.
A violência política contra mulheres e grupos historicamente marginalizados acontece e toma diferentes contornos, a depender da plataforma utilizada. Durante as últimas eleições, o serviço de mensageria Telegram fez parte central das dinâmicas eleitorais, com uma forte atuação de grupos de extrema-direita na disseminação de violência política e discursos de ódio nas redes sociais.
Para entender como as narrativas de gênero, raça, sexualidade e regionais foram mobilizadas durante a campanha eleitoral de 2022 dentro de grupos de extrema direita, realizamos o monitoramento, em parceria com o Laboratório de Humanidades Digitais da UFBA. O monitoramento foi feito a partir do léxico desenvolvido pelo InternetLab em parceria com a Revista AzMina para o MonitorA. A pesquisa buscava compreender as narrativas que circulavam nos grupos do Telegram em torno das candidaturas de mulheres e compreender como o discurso de ódio que circula na plataforma de mensagens se relaciona com discursos em outras plataformas, como Twitter, Facebook e Instagram.