As transformações na forma como nos comunicamos sobre política possibilitadas pela internet se refletem nas formas de se fazer propaganda política e no formato das campanhas eleitorais. A propaganda eleitoral, antes restrita ao Horário Eleitoral Gratuito, aos comícios, e aos santinhos, adesivos e banners nas ruas, passa a ocupar espaço também nos meios digitais. Atenta a essas transformações, a microrreforma eleitoral de 2017 reformou a proibição geral à propaganda paga na internet e passou a permitir o uso de impulsionamento de conteúdos como a única forma de propaganda eleitoral paga lícita na internet.  

Permitido desde as eleições de 2018, os usos do impulsionamento de conteúdo, seu escopo e impacto ainda são campos a serem melhor explorados. Esse projeto busca entender como essas novas ferramentas de impulsionamento vêm sendo utilizadas pelos candidatos em processos eleitorais. Para isso, são analisados sobre o quanto as candidaturas tem gasto com impulsionamento e como esse gasto é realizado, comparando-o com outras despesas. Ainda, investigamos quais são as principais plataformas utilizadas para este fim e como são feitos os anúncios pelos candidatos.